Dada a largada no último capítulo da carreira de Tom Brady
O início da temporada do quarterback do New England Patriots marca o começo da nova obsessão do jogador: ser o melhor de todos os tempos
Os 38 anos enganam. Seja pela aparência ainda jovem. Seja ainda mais pelo futebol americano jogado. A impressão é que Tom Brady surge melhor a cada ano. A ideia é que o quarteback cresce a cada temporada. A abertura da NFL em 2015 reafirma a tese. Brady veio mordido. E no melhor estilo Psycho Tom, brincou com a defesa do Pittsburgh Steelers. Quatro touchdowns aéreos. Três deles na mão do alvo favorito Rob Gronkowski. Se havia alguma dúvida sobre este New England Patriots, certamente ela foi dissipada depois da quinta-feira. Vitória que convenceu pela equipe. Vitória que abriu para o quarterback o capítulo final de uma das histórias mais incríveis do esporte.
O menino que tinha como ídolo a lenda Joe Montana. Há até fotos em que o pequeno Tom Brady se vestia de quarterback ídolo em um certo Halloween anos atrás. O californiano torcia para o San Francisco 49ers e viu Montana escrever história por lá. Anos mais tarde, Brady agora luta para desbancar justamente o mesmo Montana na lista de melhores jogadores que passaram pela NFL.
Não, Brady não vai se aposentar. Não é o último ano da carreira como profissional. Ele mesmo já disse pensar jogar por mais seis ou sete anos. As mensagens vazaram durante a investigação sobre as bolas murchas que viu o jogador no epicentro de toda a história. Brady não sente a idade. Parece capaz de ainda ser competitivo por temporadas a fio.
Já com quatro títulos de Super Bowl no currículo e recordes e mais recordes no currículo, o legado do quarterback é mais do que legítimo. Daqui a anos vai se falar do cara que defendeu o New England Patriots por tantos anos. Uma das principais caras da NFL durante o período de expansão definitiva da Liga como preferência nacional norte-americana. Ele já é facilmente um hall da fama. Para muitos, o já melhor de todos os tempos.
A missão agora é provar a quem ainda não o coloca como melhor que ele é, de fato, o maior de todos. Os quatro títulos igualam justamente a marca de Joe Montana. Ambos saíram vitoriosos do Super Bowl por quatro ocasiões. A diferença é que Brady chegou em outros dois e saiu como vice-campeão.
Só que ninguém venceu tanto na pós-temporada como Brady. E não vai ser novidade alguma que os números aumentem ainda mais depois de 2015. E tantos anos ainda pela frente. New England é novamente favorito. A feliz sina de estar entre os melhores desde 2001. Escolhido apenas na 199ª escolha geral do Draft anterior. Ganhou a posição do titular Drew Bledsoe machucado.
A lesão mudou a vida de Brady. A vida da franquia. Mais ainda. De todo o esporte. Nascia ali o possível melhor que o esporte já pôde testemunhar.
O capítulo final na carreira de Tom Brady começou a ser escrito contra o Pittsburgh Steelers. Sobrou para o quarterback se estabelecer de vez entre o número um da NFL. O quinto título seria a prova irrefutável. A cereja do bolo que ainda move o espírito de um dos competidores mais famintos. Mesmo que já veteraníssimo. Mesmo que já com quatro títulos e sem nada a provar para ninguém.
Estar entre os melhores foi o que sempre moveu a carreira de Tom Brady. Ser o melhor de todos os tempos é agora a nova obsessão. Mais do que os rivais deste ano como o Seahawks, Packers ,Broncos ou Colts, os verdadeiros adversários agora são as lendas que já passaram pela NFL. Brady está de olho em Jim Brown, Jerry Rice, Joe Montana... E só neles. O primeiro passo na saga foi dado. E o caminho parece bem promissor.
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Filipe Nunnes - Dada a largada no último capítulo da carreira de Tom Brady
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