Chegou ao fim a época dos irmãos Manning?
Início da temporadas para Peyton e Eli é longe do ideal e já se coloca em dúvida o futuro e efetividade dos quarterbacks dentro da NFL
A semana não anda nada fácil para a dupla de irmãos mais efetiva na história do futebol americano. Seja pela atuação bem abaixo da esperada e um braço cheio de dúvidas de um, seja por uma ainda inexplicável última campanha que custou uma vitória na abertura da abertura de outro. Nenhum touchdown de Eli ou Peyton para eles. Caso dos mais raros em domingo de NFL. E complicado mesmo é saber que o pior pode ainda está por vir para os irmãos Manning.
Poucas missões são tão duras como a que Peyton tem esta semana. Sackado por quatro vezes contra o Baltimore Ravens no domingo e listado no dia seguinte com uma lesão nas costas, o quarterback vai precisar se recuperar rápido. Tanto na parte da confiança, quanto na do próprio jogo. É que o adversário da vez é o Kansas City Chiefs. Tudo isso em pouquíssimo tempo. Já na quinta-feira as equipes entram em campo.
Chiefs de uma das linhas defensivas mais perigosas da NFL. Poucos times pressionam tanto o ataque rival como Kansas City. Nenhum quarterback tem vida fácil contra aquele grupo de defensores. Com Peyton Manning não vai ser diferente. Principalmente se levarmos em conta que este grupo está louco para colocar as mãos no quarterback que vem de uma sequência de oito vitórias seguidas contra o Chiefs. Ainda mais depois de ver como os bloqueadores de Peyton não fazem justamente o que tanto se espera deles.
Não há muito tempo atrás foi dia de outro quarterback sofrer na mãos deste rival. O palco era o mesmo Arrowhead Field que Peyton Manning vai encarar nesta quinta. Na ocasião, foi Tom Brady o engolido da vez. A torcida ensandecida vibrava com a grande atuação do time da casa. E a surra aplicada no New England Patriots. Uma sonora vitória por 41-14. Capaz de colocar até mesmo Brady em dúvida. Ou você já se esqueceu que houve até quem defendesse que o jogador estava acabado para o esporte?
Com o jogo na quinta, e uma provável exibição longe de convencer de Peyton, não se surpreenda ao ouvir conversas e mais conversas no dia seguinte que perguntam mais uma vez se o lançador está, de fato, acabado para a posição. Afinal, o papo já data desde 2011.
As já famosas três cirurgias no pescoço. Peyton Manning retornou em grande estilo e deu a volta por cima. Só que fica difícil imaginar que, aos 39 anos, mesmo Peyton Manning seja capaz de mudar novamente o jogo e deixar a NFL aos pés dele. Que ele faça como Tom Brady e vença um novo Super Bowl. Desta vez, há mais argumentos. Há mais provas que a batalha contra o tempo possa ter chegado para valer. E assim como com qualquer outro atleta, a derrota para o elemento inexorável e que chega para todos pode estar bem próxima.
Em Nova York, logo na semana que Eli assinou um gordo novo contrato de quatro anos e US$ 84 milhões, muita decepção. O quarterback nem parecia o mesmo que anos atrás levou o segundo título da carreira. Como um calouro, administrou porcamente o relógio e viu o Giants ser derrotado pelo maior rival por culpa quase que exclusiva do próprio quarterback. Não soube controlar o tempo e deu mais tempo para que o Dallas Cowboys virasse e vencesse.
E com exceção das duas temporadas que saiu campeão, a verdade é que o New York Giants comandado pelo irmão mais novo dos Manning decepciona. A franquia é mediana ao extremo. Já há três anos passa longe dos playoffs. Desde que venceu em 2012, tem um retrospecto negativo de 22 vitórias e 27 derrotas. Não é novidade vê-lo entre os principais lançadores com mais turnovers. E o adversário desta semana é um repaginado Atlanta Falcons. Responsável por vencer o badalado Philadelphia Eagles em pleno horário nobre. Certamente um rival bem trabalhoso. E que pode dar ao Giants duas derrotas logo no início de temporada.
Que os dois irmãos podem vir já nesta Semana 2 e darem a volta por cima? Certamente... Quantas vezes já duvidamos de Peyton e Eli e lá foram eles nos fazer quase que idiotas por apostarmos contra eles? As chances disso acontecer novamente? Pequenas, eu diria.
É bem provável que o melhor de ambos já tenha passado. Que nós já tenhamos visto o auge técnico e físico de Peyton e Eli. E parece ser a melhor opção começar a tentar entender e fazer a nossa cabeça que os dois dificilmente vão voltar a ser o que foram. A época de 2006 a 2013 que teve cinco de oito Super Bowls disputados por eles ficou para trás.
Os dois não acabaram, mas está bem claro que este aqui é o começo do final. De ambas as carreiras. Aqueles finais de semana de dominância estão quase que acabados. O que sobra mesmo é apreciar e aproveitar os poucos momentos mágicos que os Manning ainda podem protagonizar. Mesmo que não sejam em mesma quantidade que há pouco tempo assistíamos
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